VEREADORES APROVAM CRIAÇÃO DA TRAVESSA VITALINO FASOLO

  • Projeto altera nome da rua, localizada entre a canônica e a Matriz Católica

    Assunto: Administração  |   Publicado em: 15/12/2021 às 13:32   |   Imprimir

A Câmara de Vereadores de Três de Maio aprovou por unanimidade, na 34ª Sessão Ordinária, realizada na noite de segunda-feira, 13, o projeto de Lei nº 09/2021, de Origem Legislativa e de autoria da vereadora Gilcéia da Silva Losekann, Progressistas, que dispõe sobre a criação da Travessa Vitalino Fasolo, em substituição à Avenida Avaí, localizada entre a Rua Padre Cacique e a Avenida Uruguai. O trecho está localizado, especificamente, entre a Matriz Católica e o Centro Pastoral. O projeto aguarda a sanção do prefeito Marcos Corso.
Integrantes da família Fasolo estiveram presentes na Sessão, para prestigiar a homenagem ao senhor Vitalino Fasolo, que faleceu em 6 de julho de 1993, aos 81 anos de idade.
Segundo a autora da proposta, vereadora Gilcéia, a homenagem é merecida e a substituição deste trecho de Avenida Avaí para Travessa Vitalino Fasolo seria uma grata lembrança para os que tiveram a oportunidade de conviver por uma vida com alguém que não media esforços para participar e defender os interesses da população, sempre colaborando para o desenvolvimento do município. “É uma justa homenagem que registrará para posteridade a lembrança de um cidadão tão respeitado e que tanto fez para o bem-estar do município e dos três-maienses”, desacou.

Quem foi Vitalino Fasolo
Filho de Guiseppe Domenico Fasolo e Luiza Zemonette, nasceu em 3 de agosto de 1911, no município de Cantagalo, Estado do Rio de Janeiro. Mudou-se para o Rio Grande do Sul, mais especificamente para a Vila Buricá, hoje município de Três de Maio, aos 20 anos de idade. Casou-se com Maria Fasolo, união que lhes rendeu 9 filhos: Pedro Jorge, Luiz Cesar, Flavio José, Ligia Maria, Cláudio Renato, Carlos Renato, Heloísa Helena, Paulo Fernando e Claudio Vinicius, todos naturais de Três de Maio.
Vitalino foi morador da Avenida Avaí durante os 60 anos em que morou em Três de Maio, sendo, por muitos anos, o único morador dessa rua, juntamente com a Canônica (Centro Pastoral).
Ele foi pioneiro no trabalho de sapateiro e também no futebol, iniciando como jogador, atuando seguidamente como colaborador e finalizando sua jornada como presidente do Oriental Futebol Clube.
Em meados de 1940, fundou junto com seu irmão Henrique Fasolo, um curtume e selaria, com 37 funcionários, onde compravam todo tipo de couro, que após beneficiado, era transformado em vários produtos para agricultores e também era voltado a venda de calçados. Entre os produtos, celas, arreios, botas, chinelos, tamancos entre tantos outros. O comércio era localizado na Avenida Uruguai, nº 458, onde atualmente encontra-se loja O Boticário, em imóvel existente e pertencente, até hoje, a um membro da família. Além disso, também participou da comissão de emancipação do município, como membro efetivo e atuante.

Um dos três primeiros a plantar trigo na região
Em 1954, vendeu sua parte do curtume e selaria e, tratando-se de pessoa visionária, tornou-se um dos pioneiros na compra de terras voltadas à agricultura, na localidade de Esquina Araújo, hoje município de Independência, a fim de iniciar atividades em escala no município. A princípio, juntamente com o Dr. Souza Gomes e Sr. Jorge Reimmann foram os três primeiros a plantar trigo na região. Nessa época toda produção era comercializada no município de Giruá e foi assim até a fundação da Cotrisa, Cotrirosa e Cotrimaio.
Foi sócio-fundador do Clube Buricá, no qual era integrante ativo do famoso grupo de Bolão Futurista.
Mais tarde, como sócio-efetivo do Clube Guaíra, participou das atividades de bocha, com grupos de amigos, atividade que praticou até os seus últimos dias.
Também foi sócio-fundador da Cotrirosa e sócio da Cotrimaio. Recebeu o Troféu Missioneiro na comemoração dos 25 anos da Cotrisa, em razão do seu pioneirismo na agricultura da região.